sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Armas de VIDA


A ameaça biológica é causadora de grandes polêmicas, mas principalmente causadora de mortes de inocentes. As armas biológicas representam um meio bastante eficiente de disseminação do pânico e da dúvida ao inimigo durante uma guerra. Mas afinal, o que são armas biológicas? Como elas funcionam? Como alguns países se portam diante dessa ameaça?

As armas biológicas são compostas de vírus e bactérias transformados geneticamente em laboratórios para se tornarem resistentes aos tratamentos. Podem matar ou incapacitar um inimigo, ou animais e plantas de uma nação adversária. É impossível detectá-la imediatamente, pois seu meio de dispersão é a água,o ar, ou mesmo, os alimentos da nação inimiga e acontece de forma gradual.

O problema das armas biológicas não é recente. Por exemplo, em 1346, na Ucrânia, um exército tártaro atirou cadáveres infectados pela peste contra as muralhas de Kaffa, na Criméia (atual Ucrânia). A epidemia resultada forçou a cidade a se entregar. Há uma hipótese segundo a qual este episódio gerou a Pandemia de Peste Negra que, na seqüência, devastou a Europa.

No século XX, governos de alguns países como Japão, EUA e Rússia(URSS) investirão fortemente na pesquisa e na fabricação desses artefatos revolucionando esse ramo da indústria armamentista.

Em 1930, o exército japonês infectou prisioneiros de guerra na Manchúria com agentes causadores de uma doença conhecida como Antraz.

O Antraz é uma infecção causada por uma bactéria que forma esporos, o Bacillus anthracis. A contaminação pode ocorrer de três formas:

-contato com a pele, em que pode haver uma lesão e causar doença localizada ou se disseminar pelo sangue;

-por digestão de algum alimento contaminado, causando doença generalizada;

-por via respiratória, considerada a pior forma, causando doença respiratória, muitas vezes levando ao óbito(1).

A doença veio a ser mais conhecida publicamente em 2001,quando cerca de 30 pessoas foram infectadas nos EUA(1),incluindo dois senadores, por meio de correspondências que continham os esporos da doença, causando cinco mortes.

Desde então, o bioterrorismo é uma das ameaças mais temidas no mundo, pois, como já foi dito no início, esse ataque não pode ser detectado por equipamentos de segurança além de poder ser confundido com doenças comuns.

Prova do temor causado pela guerra biológica é a simulação ocorrida este ano em Israel(2), país que vive um duradouro e explosivo confronto com os palestinos. Esse ensaio envolveu mais de mil pessoas entre civis e militares e simulou fielmente um ataque biológico. Os exercícios envolveram ações conjuntas de hospitais, clínicas, instituições de saúde, o Exército e o serviço de resgate conhecido como estrela de David vermelha em Tel Aviv e em seus arredores.

As armas biológicas, portanto, representam uma grande ameaça nos dias atuais. Podem ser usadas tanto por militares nas guerras quanto por terroristas buscando enfraquecer governos. É de suma importância que o mundo atente suas atenções a essa ameaça. Alguns países já o fazem como foi narrado no texto, mas muitos ainda estão de olhos vendados, e caso não os abram poderão sofrer com sérias conseqüências.

Fontes:

(1) http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?30

(2) http://www.ph.ucla.edu/epi/bioter/detect/antdetect_intro.html

(3)http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4204721-EI14687,00.html

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